lunes, 12 de noviembre de 2012

INDUSTRIA DE BRASIL buscan nuevo perfil de recursos humanos para mejorar competitividad



Indústria busca um novo perfil técnico
Até 2015, 204 mil vagas serão abertas em áreas de formação específica
Luciana Calaza
RIO - A competitividade da indústria nacional depende, entre outros senões, de um profissional difícil de se achar: com formação técnica em áreas que exigem domínio de computação e matemática aplicada. Até 2015, segundo levantamento do Senai, o país precisará ocupar 204 mil novas vagas com esse perfil, em campos como desenho mecânico CAD, mecatrônica, sistema de informação, eletrônica industrial e soluções de software — ou seja, quase 20% do 1,1 milhão de técnicos que a indústria prevê contratar até lá.
Hoje, segundo o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, a remuneração média de quem entra no setor é de R$ 2.100, chegando a R$ 6 mil aos dez anos de carreira. E, no cenário que se avizinha, continua ele, a tendência é de salários cada vez mais promissores. Profissionais com formação de 800 a 2.000 horas, que há quatro anos ocupavam 10% das vagas na indústria, agora detêm 18%.
— Se compararmos o triênio 2012-2015 com o anterior, a expectativa é de aumento de 24% na demanda por técnicos, pois os complexos fabris vêm passando por uma expansão tecnológica e exigem mais qualificação — alerta Lucchesi.
Até mesmo o perfil de profissões tradicionais, como tornearia e ferramentaria, está mudando. Essas atividades deixaram de ser mecânicas e passaram a ser executadas em máquinas que exigem conhecimento matemático e de computação. Brendon Filardi, 19 anos, já fez o curso de tornearia CNC e está terminando o de fresagem a CNC no Senai. Ano que vem, já começa a trabalhar, mas quer fazer ainda mais um curso técnico, o de mecânica, para depois cursar a faculdade de engenharia:
— A fresagem a CNC se baseia em comandos numéricos. Tenho habilidade para matemática, e os salários pagos para a atividade me atraem.
Carlos Eduardo Villanova, 20 anos, já fez o curso de ferramentaria no Senai e está concluindo o de técnico em mecânica na Faetec. Ano que vem, começa a trabalhar e também pretende ingressar na faculdade de engenharia mecânica.
— Quis ter formação para entrar logo no mercado. Há muitas oportunidades à vista.
Segundo Lucchesi, é a necessidade de inovação que impulsiona a mudança de perfil da indústria brasileira:
— O processo inovativo é global. Até 2015, os investimentos na indústria brasileira vão superar US$ 600 bilhões, tendo como setores líderes os de petróleo e gás, construção civil, alimentos e mineração.
Conhecimento de chão de fábrica
De acordo com os dados do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Brasil terá não só que formar 1,1 milhão de trabalhadores em nível técnico e em áreas de média qualificação para atuar em profissões industriais até 2015 — outros 6,1 milhões deverão ser requalificados para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria.
O diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, explica que, apesar do aumento da demanda por engenheiros, a maior parte das vagas da indústria é formada por profissionais de chão de fábrica. Segundo ele, 53% dos empregados do setor têm curso profissionalizante de menos de 200 horas; 26% têm formação de 200 a 400 horas; 18% têm curso de nível técnico de 800 a 2.000 horas e 3% têm formação universitária.
Anderson Sacarassa, dono da Indústria Pedro II, na região de Baurú (SP), que presta serviços de usinagem para grandes empresas, como Volvo e Embraer, ressalta a importância de profissionais técnicos cada vez mais qualificados. Na sua indústria, as máquinas precisam ser programadas para executar as tarefas. Ele mesmo tem formação em tornearia tradicional e CNC e foi, inclusive, competidor pelo Senai, em 1995, na França, da WorldSkills, campeonato internacional de educação profissional. O hoje industrial ganhou, na época, medalha de ouro.
— Todos os meus gerentes e supervisores começaram como aprendizes e hoje são profissionais que estão cursando ou são formados em engenharia. Mas quando pegamos alguém no mercado que não passou por essas etapas anteriores, a operação não dá certo, pois ele tem dificuldade de entender todo o processo de fabricação e portanto de delegar as tarefas.
Ainda segundo o Mapa do Trabalho Industrial, haverá, no próximo triênio, oportunidades em 177 ocupações. Entre as de nível técnico, o técnico de controle da produção lidera o ranking, com demanda de 88.766 profissionais, seguido de técnicos em eletrônica com 39.919, e de técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972.
Entre as ocupações que precisam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior demanda está no setor de alimentos — 174,6 mil trabalhadores entre 2012 e 2015 no país. O país precisará de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil. A maior necessidade por profissionais capacitados nesses dois grupos se concentra nas regiões Sul e Sudeste, especialmente em São Paulo, Minas, Rio, Rio Grande do Sul e Paraná. A demanda por região é de 4,13 milhões (57,6%) no Sudeste; 1,5 milhão (20,9%) no Sul; 854,5 mil (11,9%) no Nordeste; 383,5 mil (5,5%) no Centro-Oeste; e 294,8 mil (4,1%) no Norte.
Começa a Olimpíada do Conhecinento
Para quem quer conhecer um pouco mais sobre as atividades e as inovações da indústria nacional, de quarta a sábado estará aberta ao público a Olimpíada do Conhecimento — uma competição bienal promovida pelo Senai e pelo Senac. Seu lançamento será amanhã. O torneio, que chega este ano à sétima edição, será no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. No total, 640 jovens de 54 cursos técnicos e profissionalizantes participarão de provas que simulam desafios do dia a dia do trabalho.
A Olimpíada é uma preparação para o WorldSkills, competição internacional que terá sua 42ª edição em 2013, na cidade de Leipzig, na Alemanha. Chamar a atenção para a importância do ensino profissionalizante é um dos objetivos do evento.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/emprego/industria-busca-um-novo-perfil-tecnico-6696188#ixzz2C115JvWX
Tomado de o globo de Br 

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